domingo, 10 de outubro de 2010

Eu uma mulher e uma noite Bukowskiniana

é noite
convido uma bela mulher para sair
ela aceita, o que me deixa feliz e animado
demos uma volta pela cidade
paramos em uma lugar legal
para beber uma noite em vinho e presença
eu tinha uma presente para ela
eu tinha todo o amor que ela talvez precisasse
eu ela tinha eu ela tinha ela

o vinho era bom bebemos nossas vontades ali
a garçonete era uma graça e sua falta de habilidade para abrir o vinho
um ato de doçura. rimos para ela
a noite foi um tanto ritmada pela vontade
lemos uns poema e falamos de tudo
que em nós era permitido.

o poema foi nosso encontro
ela escreveu um poema e o leu para mim
cheio de coisas misturadas,
aquele poema era o prólogo do livro daquela noite
não me importunei, me interessava o enredo , a estória
as palavras, olhares , pegadas de alisar desejos


estava em um bom lugar
ela estava bela, meus olhos a viam bela
seus belos olhos estavam despidos
sua lábios gritavam
seu corpo escrevia poemas de todas as sortes

e meus versos nestes ainda não tinham sido escritos
eu queria escreve-los ali

fechamos o bar
o dono nos disse adeus e nós ficamos ali
entre o que está e o que pode vir
mais algumas palavras foram dita
estavamos bebedos e felizes dentro do que era para ser
fomos embora
levando na boca o gosto daquele momento
o cheiro do desejo e o sono da fuga

na cabeça a imagem do acontecido,
bela noite
tudo bom, vinho, poemas, ela e eu
com seus olhos que deixam rastro

deixei-a em casa.
com meu sexo gritando
tomei um banho e afoguei minha vontade
mas respirei com as mãos logo após
me costurando ao corpo dela.
uma transa enlouquecida minhas mãos deram ao meu pau.
que explodiu.

dormi.


junior oliveira

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